No fundo do poço encontrei
Os cúmplices errados
Os medos mistificados
As mentiras bem-disfarçadas
E as mudanças evitadas.
No fundo do poço chorei
As palavras engolidas
As lágrimas contidas
Os planos frustrados
E os caminhos ignorados.
No fundo do poço me deparei
Com todos os infortúnios
Passados e presentes
Com todos os equívocos
Racionais ou inconscientes.
No fundo do poço eu não vi
Escadas nem passarelas
Nem atalhos ou elevadores.
Para sair de lá, as mãos são instrumentos
E a coragem, alimento.
Quando do fundo do poço eu finalmente saí
E para baixo olhei
Vi que um pouco de mim lá ficou
E muito dele em mim se fixou.
sábado, 15 de agosto de 2009
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