quarta-feira, 29 de julho de 2009
Sobre ser medíocre
Nunca soube como é chegar ao topo. A mediocridade faz parte do meu ser como se fosse uma parte do meu corpo. Sabe aquela pessoa que até levanta a bunda da cadeira, mas que não vai para muito longe dela? Sou eu. Eu fujo do fracasso como diabo foge da cruz, isso é verdade. Mas o sucesso sempre me pareceu algo distante, algo reservado para um grupo seleto de pessoas, aquelas que já nasceram com algum dom. Quem não é brilhante tem que ser esforçado e quem não é esforçado é mediano em tudo o que faz. Assim o sou. Poucos grandes feitos, pouca ambição. O pouco alcançado é o suficiente para me completar. Não tento mudar, é verdade. Enquanto os outros suam, eu assisto à televisão. Seria comodismo achar que mediocridade não tem solução? Pode ser. Vou tentar descobrir? Não. A atitude do medíocre é sempre, me parece óbvio, baseada na postergação. Fazer amanhã o que se pode fazer hoje até chegar ao ponto em que nada é feito. Não ser o pior, não ser o melhor – o que está no meio pode passar despercebido.
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