sexta-feira, 17 de julho de 2009

Terá o passado passado?

Impossível. Cheguei a triste conclusão de que é impossível que alguém se desvencilhe do passado. Argumentei, protestei e cheguei a infeliz conclusão de que não existe uma memória seletiva e que as partes do passado que mais se quer esquecer são as partes mais lembradas, as que mais corroem e as que mais angustiam.

Sem cabimento. É totalmente sem cabimento que o passado esteja tão presente no presente. Sim, eu sou o resultado do meu passado. O que ele me fez de bom ou ruim está em mim pra sempre, sendo que, na verdade, quem o fez fui eu. De fato, os tropeços não são apenas aprendizados e blá-blá-blá, eles são cicatrizes, são pessoas que por mim passaram e que também se foram.

Sem sentido. Não tem sentido essa convivência com o passado, mas sem sentido mesmo é conviver com o passado do outro. “Leão é carneiro assimilado”. As pessoas têm passado e eu tenho que aceitar isso. Ninguém veio do nada e o tudo vivido é que nos constrói. É o que me constrói. Mas e o passado do outro? É aquele que eu não tive a chance de mudar, é aquele que se me apresentou pronto. É aquele que me destrói

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