sexta-feira, 10 de julho de 2009

ORKUT

Os chamados sites de relacionamento estão, atualmente, bem disseminados. Tem Orkut, preferido pelos brasileiros, Twitter, Facebook, etc. Existem, portanto, diversas maneiras de expormos a nossa intimidade e ainda por cima perdermos tempo (aí se inclui o MSN, o qual é culpado por muito livro não lido e trabalho mal feito). O mais interessante é como essas coisas se tornam fascinantes e de certa forma hipnotizantes. Quem nunca se pegou olhando que nem um abobado para a sua própria foto no perfil do Orkut? A gente fica lá, pensando em que perfil fuçar ou que besteira escrever no status.
O Twitter funciona como um diário. A pessoa vai lá e escreve “Acordei de mal-humorada, peidei, tomei café, fui pra academia,ai como tô gorda” e fica dando detalhes da sua vida, do seu cotidiano. É o máximo da exposição. O Orkut tem os depoimentos dos amigos, namorado (a), dá pra colocar milhares de fotos ( saudade do tempo que só se podia postar 12). Sendo ele o mais presente no meu dia-a-dia e que ainda seja o mais usado pelos brasileiros ( apesar da invasão verde-amarelo no Facebook, que nada mais é que uma versão sofisticada do Orkut), é sobre ele que vou me manifestar. Em minha defesa, eu resisti durante dois anos e em 2007 eu fiz o meu perfil no Orkut. Foi impossível não ceder, era mais forte que eu. De lá pra cá, perdi horas e horas atualizando, fuçando na vida alheia e me incomodando com ele, mas mesmo já tendo pensado em excluí-lo, nunca tive coragem.
No dito cujo, eu vejo coisas que me divertem e que até me fazem refletir:
Perfis de casais - acho que é para ser uma prova de confiança do tipo “não temos o que esconder um do outro”. Acho que é para ser a prova de que não existe a possibilidade de um receber depoimentos suspeitos ou é uma forma de os evitar. Entretanto, ele dificulta um pouco a vida dos amigos ou dos não tão amigos. Por exemplo, de quem é o aniversário que o Orkut avisa? Pior ainda é quando o namoro acaba e fica aquela questão “Quem tem a custódia do perfil?”, seja quem for, no dia seguinte vai aparecer uma foto digna de book no perfil e algo do tipo “ I’m stronger than yesterday” no status.
“Só add com scrap” – ou algo assim, é uma frase comum no ‘quem sou eu’ do site. A intenção é mostrar que a pessoa é seletiva ao adicionar amigos. Falando sério, o indivíduo que tem 900 amigos não pode ter sido tão criterioso assim, certo? Ninguém me convence que alguém possa realmente conhecer essa multidão.
Milhares de fotos – não posso negar: sou adepta. Tenho muitas fotos no meu Orkut e sim, acho que é o cúmulo da exposição. Quando se entra num perfil com fotos demais, nunca todasserão vistas – isso é real. Quem vai ficar vendo todas as mil fotos de alguém? E o mais engraçado é a repetição, é praticamente a mesma cena fotografada de diferente ângulos, é um mundo de fotos ditas espontâneas, é o dono do perfil se fotografando de todas as maneiras possíveis. Se as dispensáveis fossem deletadas, certamente restariam poucas.
“Minhas comunidades falam por mim” – já vi isso em alguns perfis e foi extremamente decepcionante porque a criatura estava em mil comunidades, o que a enquadraria nos mais variados tipos de pessoas, desde “eu sou pra casar” até “ fui tomar juízo, só tinha vodka”.

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